sábado, 24 de agosto de 2013



Uma música por dia

#3 Eyehategod ( NOLA - new orleans, louisiana, Mérica)

Estão a ver esse gordinho de queixo duplo com o punho cerrado? É o Joey, baterista de Eyehategod. Ou era o Joey, já que faleceu hoje. Apesar de ainda não se ter descortinado a causa da morte, desconfio de uma overdose de cavalo. E digo isto, porque toquei no mesmo dia que eles há menos de um mês atrás, no Milhões de Festa em Barcelos, partilhando o backstage. E estes gajos eram estranhos, algures entre o ex-tóxico que aparenta ter mais 30 anos do que a idade real, sempre agarrado a uma garrafa de sumo de limão (vocalista ), ou o tóxico que sua por todos os lados, caso não exista cavalo para chutar antes do concerto (Joey). Desconfio que perante a impossibilidade de arranjar o dito cujo em muitas das datas e a hostilidade respectiva dos outros elementos (em especial o já mencionado vocalista e o mítico guitarrista, Jimmy Bower, conhecido como o "godfather of southern metal", e que já não se injectam) em relação a ele - e que foi aliás visível no concerto - o levaram a injectar toda a "dope" que conseguiu arranjar em Nova Orleães aquando do regresso da tour europeia. E desconfio que assim tenha morrido de overdose. 
Um final condigno para um elemento de uma banda como Eyehategod, uma das bandas mais arrastadas e pesadas do planeta. Pegando na herança de uns Black Sabbath e St Vitus e injectando-lhe (lol, injectando-lhe) a crueza e a rudeza de uns Black Flag e Discharge e com laivos de blues do Delta na alma daqueles riffs de guitarra, estes oriundos do Louisiana, eram o som do fundo do poço. Da mesma forma que o "reggae" é o som da erva, o "sludge" criado por estes era o som do "crack" e da heroína. Por isso, qual soldado que morre em combate pelo seu país, o cavalo matou um dos elementos desta muy influente banda do delta do Mississipi. Paz à tua alma Joey. Que não te faltem limões e colheres no sítio onde estás agora.

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